Cada vez mais as pessoas falam sobre o Bullying, mas muitos desconhecem o seu significado.
De origem inglesa, essa palavrinha é o resultado de uma gama de atitudes de violência psicológica e física que atormenta diversas pessoas, na maioria das vezes, estudantes e pessoas que não correspondem ai padrão social.
Bullying não é um problema específico de um determinado lugar ou país, mas sim um problema mundial. E não pense que é fácil identificar as vítimas, os espectadores e os agressores do bullying, pois a recusa pelo assunto ainda é grande.
Sou professora de uma turma de 3º ano da rede particular de ensino e tenho um caso real de vítima que, futuramente, poderá ser um possível agressor.
Vamos entender o por quê?
Brasileiro, 9 anos, branco, tímido, mas, ao mesmo tempo brincalhão. Morou em outros países deurante sua infância. Foi alfabetizado em um país diferente daquele que cursou no ano seguinte, o que seria o seu 2º ano do ensino fundamental. Durante a sua alfabetização, sofreu bullying.
Mas quem foram os seus agressores?
Além dos colegas de classe, a própria professora. Sim, exatamente isso. Xingamentos, humilhações, intimidações e discriminação racial. Foram muitas as pressões psicológicas. Mas essa criança retornou ao Brasil, e felizmente, hoje é meu aluno.
Em um primeiro momento ele não se dirigia a mim de forma alguma, então, o principal objetivo era estabelecer uma relação de confiança entre professor e aluno. Já no segundo momento, a preocupação com a relação do aluno com as outras crianças aumentou cada vez mais. Aos poucos, ele começou a usar termos verbalmente incorretos, ou seja, agressivos ao se referir a turma e alguns de seus colegas de classe.
Mas o que fazer nesses casos?
É necessário que você dê muito afeto a essa criança, pois o que ele vivenciou faz com que confunda as atitudes de respeito que devemos ter com os outros. Logo, inserir os valores que acabaram deturbados é imprecindível. Trabalhar a autoconfiança, a visão de grupo, a socialização, são questões que não podem ser esquecidas. E diariamente, há algo que faço e que tem fuincionado bastante em casos de bullying: o momento da reflexão.
Fazer com que o aluno veja as suas limitações, que reconheça o que deve ser melhorado e como deve ser trabalhado, motivando sempre as suas novas atitudes para seguir em frente. Fazer com que perceba que ele é uma criança que faz parte da sociedade, cheia de erros e acertos, qualidades e defeitos, mas principalmente, capaz de ser feliz.
Abraços!
Professora Camilla Fiorito.
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