sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Bullying, Conscientizar, a começar por mim.

Falar sobre Bullying, um tema tão atual, não é uma tarefa fácil, contudo precisamos estar disponiveis para tal tarefa.
Felizmente, esse assunto vem avançando a cada dia e com isso uma infinidade de materiais vem sendo disponibilizados para um melhor conhecimento do assunto.
O conhecimento deste tema é indispensável para haver um apoio de conscientização. Os profissionais que atuam na área de educação precisam de embasamento para que possam levar ações para dentro das instituições de ensino e ambientes familiares. Pois, os educadores precisam ser os primeiros a se conscientizarem, a se policiarem para não terem atitudes semelhantes nos momentos de conflitos e desafios da sala de aula.
A integração familia e escola é um grande passo para agregar e trabalhar valores com as crianças e adolescentes, pois estas são instituições de base para a formação do ser humano!
A punição não é a ação mais eficiente, pois a impressão que tenho é que quanto mais há punição, mais o sujeito se rebela e tem "prazer" em provocar o adulto. Ao invés de punir, podemos aproveitar as linguagens artisticas que chamam a atenção, como: peças teatrais, músicas, leituras, debates...
Recolher as opiniões das crianças e adolescentes sobre o tema, incluí-los no assunto, fazendo com que se sintam importantes, com valor perante a sociedade. Ao inclui-los tornamos, enquanto educadores, a questão mais discutida e acaba um cobrando do outro uma conduta adequada!
Nem sempre a conscientização nos traz resultados a curto prazo, mas precisamos perseverar! Jamais desistir!
É muito estimulante ver que cada vez mais surge uma movimentação da sociedade à causa anti-bullying em nosso país! Essa movimentação demonstra uma insatisfação, uma intolerância da sociedade!

Profª. Lara Conceição de Lima Carvalho de Oliveira

O Bullying nosso de cada dia.

A psicologia é uma ciência nova, pouco mais de cem anos. Talvez por isso só agora, em tempos atuais, é que fenômenos até então considerados “naturais” pelo censo comum, com o avanço dos conhecimentos da psicologia, passaram a ser tratados de outra maneira. O bullying é um exemplo desta mudança.
E a mudança no entendimento do bullying foi brusca. Conforme iam se concluindo estudos psicológicos sobre o bullying e suas conseqüências no meio social, o bullying, ou brincadeiras agressivas do passado, consideradas “normais”, iam se transformando em comportamento disfuncional, imoral, até ser considerado ilegal. Hoje, para a legislação brasileira, bullying é crime, imputável como assédio moral e pode dar cadeia. Uma baita transformação, não?!
Mas o bullying é sorrateiro. Só é bruto nas conseqüências. Na formação, é um processo sutil, sem culpas ou culpados. Difícil de ser enquadrado na legislação.
Nas clínicas psicológicas, quando já há vítimas, é que percebemos porque da dificuldade de enquadrar o bullying e seus atores na legislação. Para ser considerado crime, o bullying (ou assédio moral) deve apresentar três características: 1 – O desequilíbrio de poder entre vítima e agressor, 2 – A intenção do agressor e 3 – Repetição do ato.
São poucas as vítimas de um bullying assim, direto e perceptível. Na maioria dos casos, o desequilíbrio de poder é apenas psicológico, podendo ser um menor aterrorizando um maior, um pobre contra um rico ou vice-versa. Depois, a intenção dos atores, quando é comprovada, é “inconsciente”, “sem querer”, “coisa de adolescente”. E, por fim, a repetição, no “bullying nosso do cada dia”, não quer dizer muito. Na matemática clínica do bullying, vários atos agressivos de um só estudante para outro, é igual ou menos danoso do que um só ato cometido por vários estudantes contra um mesmo estudante.
Talvez por isso, o número de vítimas de bullying que alcançam a justiça para reparar seus danos seja tão baixo, perto do número de crianças, adolescentes e adultos que sofrem ou que sofreram com o bullying, e vão buscar em clínicas psicológicas ou psiquiátricas, sua reparação.
O bullying é sorrateiro e danoso a saúde física e psicológica de qualquer um, vítima, agressor e espectador. E, para combatê-lo, além lei, é importante uma análise aplicada do que fazemos, deixamos de fazer e no que admitimos que façam perto da gente.
O bullying se estabelece na vítima, numa seqüência de ocorrências pessoais familiares e escolares, que na maioria das vezes, os atores agem sem consciência da sua importância no ato. Num processo sutil. É uma piada do colega que você repercute, uma agressão a um colega que você assiste imóvel, uma implicância com o jeito de uma pessoa ou outra, um comentário crítico e depreciativo feito no ambiente familiar, etc. Cenas assim são suficientes para acuar ainda mais vítimas, e dar maior poder e liberdade a agressores.
A psicologia, essa ciência nova, confirmou através de estudos do comportamento, que "os homens agem sobre o mundo e o modificam e, por sua vez, são modificados pelas conseqüências de sua ação" (B.F.Skinner). Quer dizer que o que fazemos ou deixamos de fazer, pode mudar o mundo a nossa volta, de forma positiva ou negativa, e essa mudança muda a gente, para melhor ou para pior.
Um ciclo interminável, que passa também por nós e pelo mundo que queremos construir a nossa volta.
Desta forma, se queremos acabar com o bullying, além de denunciarmos aos pais, à escola e, quando possível e necessário, até à polícia, devemos ficar atentos aos nossos próprios comportamentos e sempre cientes de que “Gentileza gera um mundo mais gentil”; Ignorância gera um mundo mais ... .
Que mundo você quer viver amanhã? Pratique-o hoje.
Diga NÃO ao bullying, à violência, à intolerância e à agressão no mundo que você constrói no dia-a-dia.
Victor Hugo Rios Werneck - Psicólogo CPR 01/10.916
Brasília, agosto de 2011

terça-feira, 14 de junho de 2011

O QUE É UM SISTEMA DE SÍMBOLOS GRÁFICOS?


O que é um sistema de símbolos gráficos?

Para a confecção de recursos de comunicação alternativa como cartões de comunicação e pranchas de comunicação são utilizados os sistemas de símbolos gráficos, que são uma coleção de imagens gráficas que apresentam características comuns entre si e foram criados para responder a diferentes exigências ou necessidades dos usuários.

Existem diferentes sistemas simbólicos, sendo os mais importantes: PCS, Blissymbols, Rebus, PIC e Picsyms.

Um dos sistemas simbólicos mais utilizados em todo o mundo é o PCS - Picture Communication Symbols, criado em 1980 pela fonoaudióloga estadunidense Roxanna Mayer Johnson. No Brasil ele foi traduzido como PCS - Símbolos de Comunicação Pictórica. O PCS possui como características: desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento e adequados para usuários de qualquer idade, facilmente combináveis com outras figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados, extremamente úteis para criação de atividades educacionais. O sistema de símbolos PCS está disponível no Brasil por meio do software Boardmaker.

Fonte: Assistiva.com

sexta-feira, 27 de maio de 2011

O QUE É COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA?



A área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Alternativa (CA). A comunicação alternativa destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever.

A CA pode acontecer sem auxílios externos e, neste caso, ela valoriza a expressão do sujeito, a partir de outros canais de comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, dinheiro, banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano.

Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração várias características que atendem às necessidades deste usuário.

O termo Comunicação Aumentativa e Alternativa foi traduzido do inglês Augmentative and Alternative Communication - AAC. Além do termo resumido "Comunicação Alternativa", no Brasil encontramos também as terminologias "Comunicação Ampliada e Alternativa - CAA" e "Comunicação Suplementar e Alternativa - CSA".

Fonte:Assistiva.com

sexta-feira, 20 de maio de 2011

CATEGORIAS DA TECNOLOGIA ASSISTIVA

CATEGORIAS
A classificação abaixo, foi construída com base nas diretrizes gerais da ADA, porém não é definitiva e pode variar segundo alguns autores.

A importância das classificações no âmbito da tecnologia assistiva se dá pela promoção da organização desta área de conhecimento e servirá ao estudo, pesquisa, desenvolvimento, promoção de políticas públicas, organização de serviços, catalogação e formação de banco de dados para identificação dos recursos mais apropriados ao atendimento de uma necessidade funcional do usuário final.

Auxílios para a vida diária

Materiais e produtos para auxílio em tarefas rotineiras tais como comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais, manutenção da casa etc.

CAA (CSA)
Comunicação aumentativa (suplementar) e alternativa

Recursos, eletrônicos ou não, que permitem a comunicação expressiva e receptiva das pessoas sem a fala ou com limitações da mesma. São muito utilizadas as pranchas de comunicação com os símbolos PCS ou Bliss além de vocalizadores e softwares dedicados para este fim.

Recursos de acessibilidade ao computador
Equipamentos de entrada e saída (síntese de voz, Braille), auxílios alternativos de acesso (ponteiras de cabeça, de luz), teclados modificados ou alternativos, acionadores, softwares especiais (de reconhecimento de voz, etc.), que permitem as pessoas com deficiência a usarem o computador.

Sistemas de controle de ambiente
Sistemas eletrônicos que permitem as pessoas com limitações moto-locomotoras, controlar remotamente aparelhos eletro-eletrônicos, sistemas de segurança, entre outros, localizados em seu quarto, sala, escritório, casa e arredores.

Projetos arquitetônicos para acessibilidade
Adaptações estruturais e reformas na casa e/ou ambiente de trabalho, através de rampas, elevadores, adaptações em banheiros entre outras, que retiram ou reduzem as barreiras físicas, facilitando a locomoção da pessoa com deficiência.

Órteses e próteses
Troca ou ajuste de partes do corpo, faltantes ou de funcionamento comprometido, por membros artificiais ou outros recurso ortopédicos (talas, apoios etc.). Inclui-se os protéticos para auxiliar nos déficits ou limitações cognitivas, como os gravadores de fita magnética ou digital que funcionam como lembretes instantâneos.

Adequação Postural
Adaptações para cadeira de rodas ou outro sistema de sentar visando o conforto e distribuição adequada da pressão na superfície da pele (almofadas especiais, assentos e encostos anatômicos), bem como posicionadores e contentores que propiciam maior estabilidade e postura adequada do corpo através do suporte e posicionamento de tronco/cabeça/membros.

Auxílios de mobilidade
Cadeiras de rodas manuais e motorizadas, bases móveis, andadores, scooters de 3 rodas e qualquer outro veículo utilizado na melhoria da mobilidade pessoal.

Auxílios para cegos ou com visão subnormal
Auxílios para grupos específicos que inclui lupas e lentes, Braille para equipamentos com síntese de voz, grandes telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura de documentos, publicações etc.

Auxílios para surdos ou com déficit auditivo
Auxílios que inclui vários equipamentos (infravermelho, FM), aparelhos para surdez, telefones com teclado — teletipo (TTY), sistemas com alerta táctil-visual, entre outros.

Adaptações em veículos
Acessórios e adaptações que possibilitam a condução do veículo, elevadores para cadeiras de rodas, camionetas modificadas e outros veículos automotores usados no transporte pessoal.

Símbolos de Comunicação Pictórica • Picture Communication Symbols (PCS)
© 1981-2009 Mayer-Johnson, LLC. Todos os direitos reservados.


ASSISTIVA.COM

sexta-feira, 13 de maio de 2011

TECNOLOGIA ASSISTIVA

A PARTIR DE AGORA VAMOS FALAR UM POUCO SOBRE A TECNOLOGIA ASSISTIVA



Tecnologia assistiva é um termo ainda novo, utilizado para identificar os serviços e recursos que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com necessidades especiais, e consequentemente promover vida independente e inclusão.

Os Recursos são todo e qualquer item, equipamento ou parte dele, produto ou sistema fabricado em série ou sob medida utilizado para aumentar, manter ou melhorar as capacidades funcionais das pessoas com necessidades especiais. Os Serviços, são definidos como aqueles que auxiliam diretamente uma pessoa com necessidades especiais, a selecionar, comprar ou usar os recursos acima definidos.
Recursos
Podem variar de uma simples bengala a um complexo sistema computadorizado. Estão incluídos brinquedos e roupas adaptadas, computadores, softwares e hardwares especiais, que contemplam questões de acessibilidade, dispositivos para adequação da postura sentada, recursos para mobilidade manual e elétrica, equipamentos de comunicação alternativa, chaves e acionadores especiais, aparelhos de escuta assistida, auxílios visuais, materiais protéticos e milhares de outros itens confeccionados ou disponíveis comercialmente.
Serviços
São aqueles prestados profissionalmente à pessoa com NE visando selecionar, obter ou usar um instrumento de tecnologia assistiva. Como exemplo, podemos citar avaliações, experimentação e treinamento de novos equipamentos.
Os serviços de Tecnologia assistiva são normalmente transdisciplinares envolvendo profissionais de diversas áreas, tais como: Fisioterapia, Terapia ocupacional, Fonoaudiologia, Educação, Psicologia, Enfermagem, Medicina, Engenharia, Arquitetura, Design, Técnicos de muitas outras especialidades.
Encontramos também terminologias diferentes que aparecem como sinônimos da Tecnologia Assistiva, tais como “Ajudas Técnicas”, “Tecnologia de Apoio“, “Tecnologia Adaptativa” e “Adaptações”.

Objetivos da Tecnologia Assistiva
Proporcionar às pessoas com necessidades especiais maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado, trabalho e integração com a família, amigos e sociedade.
Fonte: assistiva.com

Na próxima semana vamos apresentar as categorias da tecnologia assistiva, não deixe de seguir-nos.


Valéria Campos.





segunda-feira, 2 de maio de 2011

BULLYING

Cada vez mais as pessoas falam sobre o Bullying, mas muitos desconhecem o seu significado.

De origem inglesa, essa palavrinha é o resultado de uma gama de atitudes de violência psicológica e física que atormenta diversas pessoas, na maioria das vezes, estudantes e pessoas que não correspondem ai padrão social.

Bullying não é um problema específico de um determinado lugar ou país, mas sim um problema mundial. E não pense que é fácil identificar as vítimas, os espectadores e os agressores do bullying, pois a recusa pelo assunto ainda é grande.

Sou professora de uma turma de 3º ano da rede particular de ensino e tenho um caso real de vítima que, futuramente, poderá ser um possível agressor.

Vamos entender o por quê?

Brasileiro, 9 anos, branco, tímido, mas, ao mesmo tempo brincalhão. Morou em outros países deurante sua infância. Foi alfabetizado em um país diferente daquele que cursou no ano seguinte, o que seria o seu 2º ano do ensino fundamental. Durante a sua alfabetização, sofreu bullying.

Mas quem foram os seus agressores?

Além dos colegas de classe, a própria professora. Sim, exatamente isso. Xingamentos, humilhações, intimidações e discriminação racial. Foram muitas as pressões psicológicas. Mas essa criança retornou ao Brasil, e felizmente, hoje é meu aluno.

Em um primeiro momento ele não se dirigia a mim de forma alguma, então, o principal objetivo era estabelecer uma relação de confiança entre professor e aluno. Já no segundo momento, a preocupação com a relação do aluno com as outras crianças aumentou cada vez mais. Aos poucos, ele começou a usar termos verbalmente incorretos, ou seja, agressivos ao se referir a turma e alguns de seus colegas de classe.

Mas o que fazer nesses casos?

É necessário que você dê muito afeto a essa criança, pois o que ele vivenciou faz com que confunda as atitudes de respeito que devemos ter com os outros. Logo, inserir os valores que acabaram deturbados é imprecindível. Trabalhar a autoconfiança, a visão de grupo, a socialização, são questões que não podem ser esquecidas. E diariamente, há algo que faço e que tem fuincionado bastante em casos de bullying: o momento da reflexão.

Fazer com que o aluno veja as suas limitações, que reconheça o que deve ser melhorado e como deve ser trabalhado, motivando sempre as suas novas atitudes para seguir em frente. Fazer com que perceba que ele é uma criança que faz parte da sociedade, cheia de erros e acertos, qualidades e defeitos, mas principalmente, capaz de ser feliz.

Abraços!

Professora Camilla Fiorito.